segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Desafio: um mês sem cerveja :-/



Caramba...passei um tempão sem escrever. Quase 2 meses! Confesso que andei (ou ando) meio preguiçosa, cansada, sem inspiração e sem criatividade, mas quero abandonar esse estado de apatia e voltar a escrever com mais freqüência. Minha querida amiga Flavia disse que está sentindo falta dos meus textos... e eu não quero decepcioná-la! ;-)

Tive uma idéia mirabolante esses dias, mas ainda não descobri se é uma idéia ótima ou absurdamente idiota. Resolvi ficar um mês sem beber. Quem me conhece bem deve estar rindo agora e dizendo: “até parece que ela vai conseguir”. Eu entendo, já que até eu mesma disse isso. Calma gente, não é que eu seja uma alcoólatra! Mas para mim, a cervejinha sagrada do fim de semana (lê-se sexta, sábado E domingo) é sagrada.
Tem coisa melhor do que, após uma semana de trabalho estressante e cansativa, sentar num barzinho com os amigos e beber aquele chopp Brahma gelado? Nossa...é tudo de bom! Beber uma cerveja numa festa, enquanto danço loucamente, comprar aquela cervejinha gelada para assistir ao jogo do Mengão...ai, ai. São prazeres que eu sempre me permiti e que simplesmente ADORO!
Imagino que vocês estejam se perguntando: se é tão bom e ela gosta tanto, por que resolveu ficar um mês sem beber? Bom...essa pergunta tem várias respostas e nem eu sei ao certo definir qual delas é a principal. Um dos motivos que me leva a tomar essa medida “drástica” é provar pra mim que eu posso conseguir, já que até eu mesma duvido, como eu disse anteriormente. Me sinto uma fraca em termos de força de vontade: entro na academia e fico um mês, resolvo caminhar diariamente e caminho apenas um dia, resolvo parar definitivamente de fumar e compro um maço...enfim! FRACA! A minha idéia é resolver ficar um mês sem beber e CONSEGUIR cumprir. Quero ter orgulho de mim, da minha capacidade e provar (apenas para mim) que sou mais forte que ela, minha amiga e inimiga, a cerveja. Pode parecer idiota, mas é verdade. Sabe quando você convive durante anos com uma situação, uma rotina e resolve de repente radicalizar? Pois é...tipo isso! E quem, assim como eu, mantém esse hábito sabe o quanto é difícil.
Vamos ao segundo motivo, tão importante quanto o primeiro: a balança. Sim, a temível e odiada balança. Ela tem me apontado uns quilos a mais que estão me incomodando bastante e o pior, concentrados justamente na barriguinha (que nem é mais inha faz tempo), o terror de qualquer mulher! E todo mundo sabe que cerveja em excesso engorda e dá barriga! Quem bebe, com certeza percebe o quanto a cerveja deixa nosso corpo inchado. Aff...por que tem que ser tão bom?? RS O fato é que eu quero e preciso voltar a caber nas minhas roupas. Olho para o guarda-roupa e fico deprimida, pois parte delas já não me serve tão bem como serviam. E isso...é o fim!

Tem também um terceiro motivo, que na verdade nem foi beeeem um motivo, foi mais uma conseqüência que é bastante atraente. $Economia$!! Afinal, quando pego a fatura do meu cartão de crédito todo mês eu percebo o quanto gasto com cerveja. São vários nomes de bares, restaurantes e afins que muitas vezes eu nem lembro como gastei porque já devia estar meio chapada na hora de pagar a conta. Talvez, juntando os sete anos de cerveja em minha vida, já poderia estar com um carro! Sei lá...só calculando pra saber, mas acho que prefiro nem saber!
Este final de semana foi o meu primeiro sem álcool. O último dia em que bebi foi no aniversário do André, meu namorado, em 27/09. Cruzes....isso aqui está parecendo o diário de um integrante do AA,  mas vamos continuar...
Confesso que foi BEM difícil...ainda mais quando todas as pessoas que fazem parte do seu convívio bebem e bebem com vontade! Percebi que seria mais difícil do que eu pensava quando minha boca simplesmente começou a encher d’água só de olhar para a cerveja. Era como se eu estivesse olhando um pedaço suculento de picanha ou uma taça de sorvete bem grande. Juro que não estou exagerando. Fiquei chata, de mau humor, sem vontade de sair de casa. Ainda bem que São Pedro ajudou trazendo frio e chuva, porque quando está calor a vontade de beber aumenta muito.
No domingo, depois de trabalhar como mesária nas eleições (ninguém merece esse segundo turno), a vontade de beber era absurda! Eu pensava que deveria me recompensar, já que tive que trabalhar em pleno domingo chuvoso enquanto as pessoas estavam bem quentinhas embaixo do edredom. E qual a melhor forma de me recompensar? Bebendo um belo chopp! Mas resisti.....com dificuldades, mas resisti. Contentei-me com um jantar gostoso na Parmê e 2 copos de suco de laranja. Enquanto isso, meus acompanhantes (André, Kathryn e Marcelo) deliciavam-se com Bohemia, que por acaso é minha cerveja preferida.

A verdade é que minhas motivações são, no mínimo, estranhas, já que eu não estou parando de beber e sim, deixando de beber por um período pré-determinado, no caso, um mês. Sendo assim, se eu emagrecer, desinchar, economizar e, principalmente, conseguir, será apenas por um mês. Afinal, qual o sentido dessa papagaiada toda se ela não vai operar nenhuma mudança realmente significativa em minha vida? Meu namorado me fez essa boa pergunta. Não sei...cismei que quero e pronto! Quero ver como meu corpo reage, como minha cabeça reage e quero ver se, ao término desse mês, eu me sentirei disposta não a parar de beber definitivamente, já que é uma coisa que me dá prazer. Mas quem sabe diminuir a dosagem e a freqüência já será um bom resultado. Vamos ver, eu conto depois.
O fato é que eu sobrevivi ao meu primeiro final de semana sem álcool depois de muito tempo. E me sinto bem por isso...estou confiante de que vou conseguir o mês todo! Sei que não vai ser fácil, quem disse que seria? Mas EU POSSO! Mais 24h...

Se você tem alguma experiência legal para compartilhar sobre o assunto não deixe de comentar aqui no blog. Palavras de incentivo também serão bem-vindas!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eleições 2010: medo!



Nunca neguei que meu forte não é política. Me considero ignorante no assunto, não entendo bem as divisões partidárias e geralmente sei pouco sobre a vida de políticos, seus projetos e promessas. Reconheço que essa ignorância é opcional, pois a informação está aí para todos, difundida amplamente em meios de comunicação de massa.
Em ano de eleição sinto um arrepio e uma sensação desagradável quando vamos chegando perto do mês de maio ou junho. Nada contra a eleição propriamente dita, mas sim contra o fato de ser OBRIGADA a trabalhar nela. Nesses meses eu recebo a tão odiada convocação, me comunicando que devo me apresentar no local tal, hora tal e em eventual 2º turno para cumprir com meu dever de cidadã. Como se eu já não cumprisse... Enfim, até hoje nunca entendi qual o critério de seleção que eles utilizam para definir quem irá trabalhar nas eleições. A questão é que isso me irrita profundamente. Quando começam as propagandas na TV dirigidas a nós, mesários, com algum personagem sorridente tentando nos fazer acreditar o quanto é bom trabalhar pela democracia do nosso país eu aperto o botão “mudo”. Tanto vagabundo no mundo e eu que me mato de trabalhar a semana toda (inclusive em casa aos finais de semana) sou obrigada a perder meu domingo de descanso enfurnada em uma escola trabalhando de graça. E não venham me dizer que as empresas nos concedem alguns dias de folga em decorrência deste trabalho (LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997.) porque, na prática, a realidade é outra. Além disso, também não concordo com o voto obrigatório em um país cuja democracia é o regime de governo. Mas deixando de lado essa revolta toda e voltando ao foco da questão, vamos prosseguir.
Procuro me manter informada em âmbito geral, pois acho importante saber o que está acontecendo à nossa volta e também porque é desagradável participar de uma conversa entre amigos e não saber nada de nada, não participar e não interagir.  Aliás, isso é péssimo para o networking que hoje em dia, convenhamos, é fundamental. Mas percebo que a minha desinformação no quesito política não é tão grave como eu pensava, se comparada a uma considerável parcela da população brasileira.
Jornal O Globo, 10 de agosto de 2010, terça-feira. Na parte do jornal destinada às eleições 2010 me deparei com alguns depoimentos que, sem querer bancar a ingênua, me chocaram. Muitos eleitores desconhecem até mesmo quem é a candidata apoiada pelo presidente Lula. Vou transcrever alguns trechos:
“Às voltas com um bebê de 4 meses, a dona de casa Amanda Fernandes, de 19 anos, diz não ter tempo para ‘acompanhar política’, mas resolve arriscar ao ser perguntada sobre qual é o candidato ou candidata à sucessão que tem apoio do presidente Lula:
- Acho que é um homem, mas esqueci agora. Ainda não sei em quem votar – diz a moradora de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.”
Ualace da Costa, 23 anos, morador de Senador Camará: “Não sou de votar, sou batista e acompanho mais a igreja que a política, mas Lula é Lula. É um cara bacana e não vai apoiar quem não presta. Não tenho nem idéia de quem Lula apóia. Mas com certeza meu voto vai para essa pessoa”
            Essa é a realidade do nosso país. Deu pra entender o título desse post agora?
Meu voto para presidente é da Marina Silva (PV). A Dilma me dá calafrios e o Serra...aff! Melhor nem falar! Mas sou realista e já espero pelo 2º turno: Dilma x Serra. E aí? O que será de mim? O negócio vai ser acompanhar as propagandas políticas e debates na TV para chegar a alguma conclusão... E, fora isso, rezar!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Não compre, adote!





Olá pessoal.
Inicialmente gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando o blog e que comentaram. Muito obrigada mesmo! É bom poder contar com o apoio de vocês! 

O objetivo deste blog, conforme sua descrição, é discutir diversos assuntos e não pretendo focar apenas em um tema, como animais, por exemplo. A intenção é que este espaço seja livre para abordar qualquer assunto interessante (ou não, depende do ponto de vista do leitor). Mas não posso negar que sou tendenciosa às questões animais e ambientais, portanto, quando leio algo a respeito rapidamente me serve como fonte de inspiração.
E lendo ontem o site de notícias G1, da Globo.com, me deparo com a seguinte manchete: “Paulistas enfrentam filas e chegam a pagar R$ 5 mil por cachorro”. Óbvio, tive que ler todo o texto. Em resumo trata-se de mais uma dessas reportagens em que animais, neste caso específico, os cachorros, são comercializados como simples mercadorias. Talvez alguém diga que não vê mal algum nisso, mas desculpe-me, eu vejo!
Em minha opinião, quem está disposto a pagar uma fortuna para ter a companhia de um cachorro e até mesmo esperar meses para conseguir um “exemplar” (como diz a matéria), nunca entrou em uma Suipa ou qualquer abrigo de animais que seja. Nunca se deparou com a dor de animais abandonados por seus donos, animais que foram e são vítimas de maus tratos, animais que nasceram nas ruas e esperam desde sempre por um lar, por comida, por carinho. E são, acima de tudo, ignorantes, pois não percebem que não precisam ter um cão de raça rara para ter companhia, para ter segurança, para ter alegria em casa. Acho que na verdade a ignorante sou eu... quem disse que eles querem SÓ isso? Estão preocupados com status e isso eles não terão com qualquer cãozinho. Eles querem troféus, elogios, tirar onda com os vizinhos... e de quebra ainda terão a amizade leal de um bicho de estimação, porque essa amizade é garantida, seja com um vira-latas ou um Papillom.
Enfim, gostaria de ressaltar que esta é a minha opinião! Sei que, provavelmente, algumas pessoas que passarão por aqui para ler o meu texto já pagaram para ter um cachorro. Não estou aqui para crucificar ninguém, apenas dou um conselho: não compre um animal, ADOTE! A minha gatinha, Mingau, eu encontrei abandonada, pequenina, faminta vagando pela Av. Presidente Vargas. Trouxe para casa e hoje ela tem vida de princesa, me dá muitas alegrias e posso dizer: sinto-me uma pessoa melhor por tudo que fiz por ela e por tantos outros animais. Garanto, a sensação é maravilhosa e sempre valerá a pena.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Não é cômico, é trágico

Algumas coisas são capazes de nos irritar profundamente. No meu caso eu diria que são várias coisas. Mas se você me perguntar o que realmente me incomoda, me deixa nervosa, triste, com uma sensação de impotência...se você me perguntar o que me angustia, o que eu não consigo entender, o que me desperta um desejo primitivo de simplesmente....MATAR UM, eu respondo: maus tratos a animais. Isso é algo que eu não tolero, que eu não admito, que eu acho um absurdo e sou obrigada a conviver, vendo nos noticiários e lendo nos jornais diariamente. É quase como uma tortura pra mim.

Quando vejo na TV imagens de um jumento sendo puxado pelo ar preso a um parapente para promover uma campanha publicitária na Rússia, eu penso que realmente a humanidade não tem mais salvação. Me dá uma tristeza profunda ao imaginar a agonia do bicho, o desespero expresso em zurros enquanto uma multidão acompanha o trajeto, provavelmente às gargalhadas, em terra firme. E para finalizar, o coitado aterrissa na água e é puxado por um barco por vários metros até a margem. O animal, uma fêmea, sobreviveu. Quando ouço um caso como esse, a primeira pergunta que eu faço é essa. Mas não se sabe até quando a pobre e resistente jumenta estará entre nós, já que seu dono alegou não ver mal algum no fato ocorrido. É de deixar qualquer um, em especial uma amante dos animais como eu, estarrecida! E o pensamento que me ocorre é: como eu queria que todos que de alguma forma foram responsáveis por isso, pagassem na mesma moeda. Aí sim, teria graça.

Para mim, quem é capaz de maltratar um animal não é digno de amar e receber amor de outro ser humano. Não é digno de respeito, não é digno de nada. Não serve pra nada. Radical, eu? Nesse caso sim...com muito orgulho!