quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eleições 2010: medo!



Nunca neguei que meu forte não é política. Me considero ignorante no assunto, não entendo bem as divisões partidárias e geralmente sei pouco sobre a vida de políticos, seus projetos e promessas. Reconheço que essa ignorância é opcional, pois a informação está aí para todos, difundida amplamente em meios de comunicação de massa.
Em ano de eleição sinto um arrepio e uma sensação desagradável quando vamos chegando perto do mês de maio ou junho. Nada contra a eleição propriamente dita, mas sim contra o fato de ser OBRIGADA a trabalhar nela. Nesses meses eu recebo a tão odiada convocação, me comunicando que devo me apresentar no local tal, hora tal e em eventual 2º turno para cumprir com meu dever de cidadã. Como se eu já não cumprisse... Enfim, até hoje nunca entendi qual o critério de seleção que eles utilizam para definir quem irá trabalhar nas eleições. A questão é que isso me irrita profundamente. Quando começam as propagandas na TV dirigidas a nós, mesários, com algum personagem sorridente tentando nos fazer acreditar o quanto é bom trabalhar pela democracia do nosso país eu aperto o botão “mudo”. Tanto vagabundo no mundo e eu que me mato de trabalhar a semana toda (inclusive em casa aos finais de semana) sou obrigada a perder meu domingo de descanso enfurnada em uma escola trabalhando de graça. E não venham me dizer que as empresas nos concedem alguns dias de folga em decorrência deste trabalho (LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997.) porque, na prática, a realidade é outra. Além disso, também não concordo com o voto obrigatório em um país cuja democracia é o regime de governo. Mas deixando de lado essa revolta toda e voltando ao foco da questão, vamos prosseguir.
Procuro me manter informada em âmbito geral, pois acho importante saber o que está acontecendo à nossa volta e também porque é desagradável participar de uma conversa entre amigos e não saber nada de nada, não participar e não interagir.  Aliás, isso é péssimo para o networking que hoje em dia, convenhamos, é fundamental. Mas percebo que a minha desinformação no quesito política não é tão grave como eu pensava, se comparada a uma considerável parcela da população brasileira.
Jornal O Globo, 10 de agosto de 2010, terça-feira. Na parte do jornal destinada às eleições 2010 me deparei com alguns depoimentos que, sem querer bancar a ingênua, me chocaram. Muitos eleitores desconhecem até mesmo quem é a candidata apoiada pelo presidente Lula. Vou transcrever alguns trechos:
“Às voltas com um bebê de 4 meses, a dona de casa Amanda Fernandes, de 19 anos, diz não ter tempo para ‘acompanhar política’, mas resolve arriscar ao ser perguntada sobre qual é o candidato ou candidata à sucessão que tem apoio do presidente Lula:
- Acho que é um homem, mas esqueci agora. Ainda não sei em quem votar – diz a moradora de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.”
Ualace da Costa, 23 anos, morador de Senador Camará: “Não sou de votar, sou batista e acompanho mais a igreja que a política, mas Lula é Lula. É um cara bacana e não vai apoiar quem não presta. Não tenho nem idéia de quem Lula apóia. Mas com certeza meu voto vai para essa pessoa”
            Essa é a realidade do nosso país. Deu pra entender o título desse post agora?
Meu voto para presidente é da Marina Silva (PV). A Dilma me dá calafrios e o Serra...aff! Melhor nem falar! Mas sou realista e já espero pelo 2º turno: Dilma x Serra. E aí? O que será de mim? O negócio vai ser acompanhar as propagandas políticas e debates na TV para chegar a alguma conclusão... E, fora isso, rezar!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Não compre, adote!





Olá pessoal.
Inicialmente gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando o blog e que comentaram. Muito obrigada mesmo! É bom poder contar com o apoio de vocês! 

O objetivo deste blog, conforme sua descrição, é discutir diversos assuntos e não pretendo focar apenas em um tema, como animais, por exemplo. A intenção é que este espaço seja livre para abordar qualquer assunto interessante (ou não, depende do ponto de vista do leitor). Mas não posso negar que sou tendenciosa às questões animais e ambientais, portanto, quando leio algo a respeito rapidamente me serve como fonte de inspiração.
E lendo ontem o site de notícias G1, da Globo.com, me deparo com a seguinte manchete: “Paulistas enfrentam filas e chegam a pagar R$ 5 mil por cachorro”. Óbvio, tive que ler todo o texto. Em resumo trata-se de mais uma dessas reportagens em que animais, neste caso específico, os cachorros, são comercializados como simples mercadorias. Talvez alguém diga que não vê mal algum nisso, mas desculpe-me, eu vejo!
Em minha opinião, quem está disposto a pagar uma fortuna para ter a companhia de um cachorro e até mesmo esperar meses para conseguir um “exemplar” (como diz a matéria), nunca entrou em uma Suipa ou qualquer abrigo de animais que seja. Nunca se deparou com a dor de animais abandonados por seus donos, animais que foram e são vítimas de maus tratos, animais que nasceram nas ruas e esperam desde sempre por um lar, por comida, por carinho. E são, acima de tudo, ignorantes, pois não percebem que não precisam ter um cão de raça rara para ter companhia, para ter segurança, para ter alegria em casa. Acho que na verdade a ignorante sou eu... quem disse que eles querem SÓ isso? Estão preocupados com status e isso eles não terão com qualquer cãozinho. Eles querem troféus, elogios, tirar onda com os vizinhos... e de quebra ainda terão a amizade leal de um bicho de estimação, porque essa amizade é garantida, seja com um vira-latas ou um Papillom.
Enfim, gostaria de ressaltar que esta é a minha opinião! Sei que, provavelmente, algumas pessoas que passarão por aqui para ler o meu texto já pagaram para ter um cachorro. Não estou aqui para crucificar ninguém, apenas dou um conselho: não compre um animal, ADOTE! A minha gatinha, Mingau, eu encontrei abandonada, pequenina, faminta vagando pela Av. Presidente Vargas. Trouxe para casa e hoje ela tem vida de princesa, me dá muitas alegrias e posso dizer: sinto-me uma pessoa melhor por tudo que fiz por ela e por tantos outros animais. Garanto, a sensação é maravilhosa e sempre valerá a pena.